A população evangélica do Grande ABC aumentou 35,6% na última década. Segundo levantamento divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base nos dados do Censo 2010, 25,5% dos moradores da região seguem um dos diversos segmentos evangélicos. Em contrapartida, o número de católicos diminuiu 9,4% no mesmo período; no entanto, ainda são maioria nas sete cidades, 57,3%.
ESPÍRITAS
A pesquisa mostra ainda aumento de 41% entre aqueles que se consideram espíritas no período de 2000 e 2010. Na região, são 88 mil pessoas - 3,4% da população -, contra 51 mil moradores há dez anos.
Para Souza, a alta se deu com a liberdade que as pessoas ganharam para declarar a religião a que pertencem sem receio. "Tínhamos muitos católicos que também são espíritas e que não se assumiam."
Para Souza, a alta se deu com a liberdade que as pessoas ganharam para declarar a religião a que pertencem sem receio. "Tínhamos muitos católicos que também são espíritas e que não se assumiam."
SEM RELIGIÃO
Outro segmento populacional da regjão que aumentou foi o de pessoas que se declararam sem religião. Atualmente representam 8,7% dos moradores do Grande ABC - 223,4 mil pessoas.
Segundo o especialista, o fenômeno pode ser explicado por fatores que vão desde escândalos religiosos até a melhoria da escolaridade da população, que passa a questionar os ensinamentos e teorias das igrejas.
Segundo o especialista, o fenômeno pode ser explicado por fatores que vão desde escândalos religiosos até a melhoria da escolaridade da população, que passa a questionar os ensinamentos e teorias das igrejas.
Mudança de crença está ligada a busca por acolhimento
Depois de convite vindo de amiga, há cerca de dez anos, a dona de casa Cleonilda da Silva, 50 anos, resolveu participar de atividade na Igreja Internacional da Graça de Deus e, desde então, mudou de religião.
A família, antes católica, hoje segue preceitos defendidos pela religião evangélica. "Parei de beber e de fumar e aprendi a guardar o domingo como o Dia do Senhor", destaca Cleo. Além dela, marido e filhas passaram a frequentar a igreja.
Segundo Cleo, no catolicismo não há comunhão entre os frequentadores do espaço. "A gente ouve o sermão do padre e vai para casa", comenta. Hoje, ela se orgulha de ser participativa e de ter criado vínculos de amizade, capazes de influenciar outros familiares a mudar de crença.
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